Ceratocone: por que fazer o Crosslinking - Dr. Hilton Oliveira
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Dr. Hilton Oliveira

Ceratocone: por que fazer o Crosslinking

Muita gente ainda desconhece que as soluções para o ceratocone vão além do transplante de córnea. Conheça o Crosslinking!

O enfraquecimento do colágeno é um dos motivos que leva ao desenvolvimento e progressão do ceratocone. Por isso, o Crosslinking do Colágeno Corneano é uma solução que corrige a curvatura da córnea enrijecendo a estrutura de colágeno (aumenta em até 3x a rigidez corneana), reduzindo a elasticidade da córnea.

Esse procedimento pode estabilizar a doença em mais de 90% dos casos e impedir a progressão do ceratocone. 

Realizado no mundo inteiro, com inúmeros estudos desenvolvidos, é um tratamento muito moderno e seguro, que deve ser indicado pelo oftalmologista após avaliação e realização de exames detalhados para identificar se o paciente está apto para o procedimento. São analisados principalmente a espessura da córnea (≥400 micra) e curvatura (≤ 70 dioptrias), entre outras condições de saúde ocular. Pode ser recomendado para os diversos estágios da doença, exceto casos muito avançados e córneas muito finas. 

Essa cirurgia preventiva é um método não invasivo, realizado com colírio anestésico (anestesia tópica).  

recuperação é bem rápida, que  leva em média 15 dias.

O procedimento não diminui a espessura da córnea nem modifica a refração (grau).

Além disso, permite adaptação de lentes de contato (até facilita o uso) para atingir a melhor qualidade de visão. E também possibilita a realização de anel intraestromal posteriormente.

Como funciona?

É realizada uma cuidadosa raspagem da superfície da córnea, na camada epitelial. Processo necessário para aplicação da riboflavina (vitamina B2),  substância que fortalece as ligações de colágeno, aumentando a resistência do tecido. Após a aplicação da riboflavina, aplica-se uma luz ultravioleta no centro da córnea, para finalizar o procedimento, endurecendo as fibras de colágeno e estabilizar a córnea.

Risco pré-operatório e de complicações pós-operatórias menor que 1%

O pós-operatório é tranquilo, com poucos desconfortos como: ardência, lacrimejamento e visão embaçada nos primeiros dias apenas. 

A orientação é seguir corretamente o uso correto das medicações e para evitar complicações é importante não se expor à à luz solar intensa, locais com poeira, piscina e afins, esfregar os olhos ou fazer atividades físicas intensas, pois são atividade contra indicadas.  As complicações são raras e não frequentes, mas possíveis: variam desde persistência de incômodo à luz, formação de cicatriz corneana e não estabilização do ceratocone. 

O ceratocone

O ceratocone é um problema comum que afeta a córnea de pessoas de todas as idades.  Provoca uma deformação na córnea, que é a lente mais a frente no olho. Ele faz com que a córnea perca sua curvatura arredondada e fique similar a um cone. Com a mudança de curvatura a visão é afetada. A doença é progressiva, podendo levar a severa perda da visão. Geralmente surge na adolescência e progride até os 35 anos de idade, quando pode estabilizar.

Coçar os olhos, portanto, é um dos grandes vilões, pois a pressão provocada sobre a córnea pode acarretar no desenvolvimento do ceratocone! Outros fatores genéticos ou ambientais podem também provocar um afinamento na camada, mudando a espessura e a curvatura da córnea. 

A doença atinge cerca de 150 mil  pessoas por ano e a incidência é de 4 a 600 casos a cada 100 mil indivíduos. Muitas pessoas não sabem que tem ceratocone pois não tiveram ainda o diagnóstico. Por isso é tão importante ir ao oftalmologista, pois o quanto antes o problema for detectado, melhores as chances de tratamento.

Cuide da sua visão, converse com a gente, agende sua consulta e saiba mais sobre esse tratamento!