Ceratocone: 4 principais dúvidas - Dr. Hilton Oliveira
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Dr. Hilton Oliveira

Ceratocone: 4 principais dúvidas

Você sabia que o ceratocone atinge cerca de 150 mil pessoas por ano no Brasil?! Ele é um distúrbio que afeta a curvatura da córnea. O ceratocone causa afinamento e distensão da córnea, que modifica a espessura e formato arredondado, ficando similar a um cone. Essa deformidade afeta a passagem de luz e seu foco na retina. A córnea funciona como uma lente natural do olho, centralizando a luz na retina, e com o ceratocone a visão acaba perdendo a qualidade, provocando sintomas como dificuldade de enxergar, imagens embaçadas, sensibilidade à luz (fotofobia), auréolas em luzes (halos) e visão dupla.

Qual a relação do ceratocone com erros refrativos?

O ceratocone muda a espessura e a curvatura da córnea, o que afeta a forma como a luz entra no olho, ou seja, gera erros refrativos. Assim, quem tem ceratocone geralmente desenvolve astigmatismo e/ou miopia.  

Astigmatismo e ceratocone são dois problemas oftalmológicos muito comuns e parecidos, porém distintos. As duas doenças ocorrem na córnea, são hereditárias e provocam mudança frequente de grau. O astigmatismo pode ser decorrente do ceratocone (mas não o inverso). O astigmatismo provoca alterações na curvatura da córnea ou do cristalino, que afeta a entrada de luz no olho, que converge de forma difusa ao invés de focada, acarretando em imagens distorcidas e sem nitidez.

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O ceratocone atinge alguma idade específica?

Pessoas de todas as idades são afetadas pelo problema, principalmente os mais jovens. Costuma-se descobrir o problema na adolescência, mas muitas pessoas costumam ter ceratocone sem saber/ter o diagnóstico. Geralmente atinge os dois olhos em graus diferentes e a progressão da doença leva à perda da visão e deve ser tratada o quanto antes. 

Algumas pessoas têm mais predisposição e pode ser  hereditário. Apesar das causas não serem completamente conhecidas, hoje sabe-se que fatores genéticos estão associados, relacionadas a deficiência de colágeno na córnea, como síndromes de Down, Turner, Marfan e manifestações alérgicas (atopias).

O ceratocone provoca cegueira?

O ceratocone é degenerativo e progride com o tempo, mas não necessariamente vai causar cegueira. A doença vai gradativamente afetando a qualidade da visão, mas existem diversos estágios evolutivos, e para cada caso há um tratamento específico. O ideal é tratar desde o começo para evitar que chegue à perda total da visão. Porém, em alguns casos muito avançados pode levar à cegueira, que pode ser reversível.

Vale lembrar que o ceratocone não melhora naturalmente! Pode, em alguns casos, parar de progredir com a idade e estabilizar, por volta dos 35 anos.

Quais são os tratamentos?

Apesar dos óculos serem um tratamento comum para muitos problemas de vista, no caso do ceratocone só ajudam a melhorar a qualidade da visão em estágios iniciais. Em geral lentes de contato específicas para o problema garantem resultados melhores na qualidade da visão e até podem conter a evolução do problema, reduzindo parcialmente o grau dos óculos e corrigindo irregularidades na córnea. 

Nem óculos, nem lentes estabilizam ou corrigem o ceratocone, apenas ajudam a enxergar melhor. Já Crosslinking do Colágeno corneano, anel intraestromal (moderados)  e transplante de córnea (avançados)  são tratamentos mais avançados e eficazes. São avaliados fatores relacionados às condições da córnea do paciente e outros aspectos de saúde do paciente para indicação de cada um.

ANEL INTRA-CORNEANO Reduz a deformidade ao inserir um anel acrílico na córnea, utilizando o Laser de Femtossegundo que permite uma microincisão, bem precisa e sem corte cirúrgico. O procedimento além de conter a evolução do ceratocone, também reduz parcialmente o grau dos óculos e facilita a adaptação das lentes de contato.

CROSSLINKING O crosslinking do colágeno corneano aumenta a rigidez (em até 3x) e melhora a curvatura da córnea.  O método que age na estrutura da córnea: após uma raspagem da superfície, é aplicada uma substância que fortalece as moléculas de colágeno, aumentando a resistência do tecido, finalizado com uma luz ultravioleta. É recomendado para casos não tão avançados e pode estabilizar o ceratocone em mais de 90% dos casos.

TRANSPLANTE DE CÓRNEA O ceratocone é a maior causa de transplante de córnea no mundo. Essa intervenção cirúrgica é indicada em casos avançados, quando não é mais possível a adaptação de lentes de contato e nem a realização do anel estromal, em que houve perda significativa da visão. O transplante é A recuperação é mais lenta. Hoje em dia a cirurgia é moderna e segura.

Não esfregue os olhos

A coceira nos olhos pode ser um hábito frequente para muitas pessoas, mas é extremamente prejudicial e alto fator de risco para o desenvolvimento e agravamento do ceratocone. 

Faça acompanhamento regularmente

O acompanhamento com o oftalmologista deve ser feito regularmente para que seja possível acompanhar a evolução do ceratocone! Entre os métodos de avaliação, um exame muito importante a ser realizado frequentemente, é a topografia de córnea (Pentacam),  que permite a análise completa da córnea.

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