Entenda o que é o Transplante de Córnea
Você sabia que o ceratocone é a maior causa de transplante de córnea no mundo?! O ceratocone é uma doença progressiva, que com o passar do tempo pode progredir em alguns pacientes e levar até a perda da visão. O problema conta com diferentes tipos de tratamentos para cada estágio e condições oculares de cada caso específico. Porém, para pacientes com a evolução muito avançada, existe o procedimento de transplante para recuperar a visão.
Então, é uma intervenção mais invasiva para casos muito avançados em que houve perda significativa da visão, quando não é mais possível a adaptação de lentes de contato e nem a realização do anel estromal. Estima-se que pode ser necessário em mais de 10% dos casos.
A origem da córnea é proveniente do banco de órgãos, de doadores autorizados, assim como qualquer outro procedimento de transplante. Das 50 mil pessoas à espera de algum órgão no Brasil, 19 mil são apenas para transplante de córnea (Ministério da Saúde). A segunda maior lista de espera do país (cresceu 80% com a pandemia).
O primeiro transplante de córnea bem sucedido data de 1905. Com mais um século de aplicações, ele evoluiu, se modernizou e hoje conta com técnicas seguras e avançadas.
Como é o transplante de córnea?
A cirurgia pode ser realizada com corte manual ou com intralase, que reduz o número de pontos e consequentemente o tempo de recuperação.
Já a recuperação é mais prolongada, demora semanas, com desconforto inicial e para estabilizar leva de 6 meses a 1 ano a depender do procedimento realizado.
A maioria dos pacientes transplantados necessita de lentes de contato rígidas ou cirurgia refrativa para terem boa visão (CFM). O procedimento pode ser associado a outros tratamentos para garantia de uma melhor visão, o que dependerá da avaliação médica para cada caso.
Quais são as complicações e riscos?
– Rejeição: a córnea diferente de outro órgãos não possui sangue o que torna mais difícil a rejeição pelo organismo. Não é comum, pode ocorrer e tem tratamento.
– Falência primária do transplante: quando não há compatibilidade já nos primeiros dias, sem sucesso ao tratamento. Se faz necessário novo transplante.
– Astigmatismo: todo transplante cicatriza com astigmatismo. Muitas vezes se faz necessário adaptação de lentes de contato para uma boa visão.
Seja um doador!
O procedimento foi afetado pela pandemia! Com uma redução de 56% de 2019 para 2020. O transplante de córnea foi o que sofreu a maior queda entre todos os tipos de transplantes (ABTO).
A doação de córneas para transplantes pode fazer uma grande diferença para quem está perdendo a visão por ceratocone ou trauma ocular, por exemplo, que dependem desse transplante para poderem enxergar. Há 3.689 pessoas aguardando por transplantes de córneas, somente no Estado de São Paulo atualmente!
O Ceratocone
O ceratocone é um problema comum que afeta a córnea de pessoas de todas as idades. Provoca uma deformação na córnea, que é a lente mais a frente no olho. Ele faz com que a córnea perca sua curvatura arredondada e fique similar a um cone. Com a mudança de curvatura a visão é afetada. A doença é progressiva, podendo levar a severa perda da visão. Geralmente surge na adolescência e progride até os 35 anos de idade, quando pode estabilizar.
Coçar os olhos, portanto, é um dos grandes vilões, pois a pressão provocada sobre a córnea pode acarretar no desenvolvimento do ceratocone! Outros fatores genéticos ou ambientais podem também provocar um afinamento na camada, mudando a espessura e a curvatura da córnea.
A doença atinge cerca de 150 mil pessoas por ano e a incidência é de 4 a 600 casos a cada 100 mil indivíduos. Muitas pessoas não sabem que tem ceratocone pois não tiveram ainda o diagnóstico. Por isso é tão importante ir ao oftalmologista, pois o quanto antes o problema for detectado, melhores as chances de tratamento.
Cuide da sua visão, converse com a gente, agende sua consulta e saiba mais sobre esse tratamento!
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