Riscos da Dengue e comprometimento da visão - Dr. Hilton Oliveira
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Dr. Hilton Oliveira

Riscos da Dengue e comprometimento da visão

Estamos em situação de alerta com o aumento dos casos de dengue no país e no estado de São Paulo, que contabilizou mais de 10 mil infecções nos primeiros 20 dias do ano,  é mais do que o dobro do mesmo período do ano passado. No Brasil o aumento foi de mais de 170% e mais de 12 mortes suspeitas por dengue somente neste ano já. 

A infecção pode ser assintomática, ser leve ou grave, que nesse caso pode até levar à óbito. O risco da dengue é maior para pessoas mais velhas, com chances de desenvolver dengue grave e outras complicações, principalmente portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

As arboviroses como o vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela podem afetar os olhos. Os sintomas podem variar desde conjuntivite, hemorragia ocular, inflamação na retina, nervo óptico, uveíte e até afetar a pressão intraocular. 

A dengue pode comprometer gravemente a visão! Pois ela afeta a produção de plaquetas e por isso existe um risco de lesão nos vasos sanguíneos oculares, que pode  afetar a retina e até mesmo provocar sequelas, como oclusão vascular (trombose) que diminui a visão e aumenta o risco de hemorragia intraocular. Nos casos mais graves, pode acometer o nervo óptico provocando neurite óptica, levando à cegueira irreversível.

Sinais como dor nos olhos e visão turva são um alerta para buscar um Oftalmo. 

Febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo são sintomas comuns da dengue, mas que também são similares aos das doenças zika e chikungunya. Por isso, é preciso procurar um médico para o diagnóstico correto. 

A dengue hemorrágica tem mais riscos de afetar a visão. Os sintomas da dengue hemorrágica abrangem:  confusão mental, dificuldade de respirar, sangramento na urina, gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestino, vômitos, dor abdominal intensa, pele fria e úmida, olhos vermelhos.

Os problemas oculares são geralmente assintomáticos, por isso se o paciente for diagnosticado com dengue deve procurar um médico oftalmologista também.

Transmissão da Dengue

O vírus da dengue (DENV) pode ser transmitido ao homem principalmente por via vetorial, pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas, no ciclo urbano humano–vetor–humano.

Medidas de proteção:

Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas.

Utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.

Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Estes produtos são seguros para uso durante a gravidez, quando usados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, é preciso orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia.

A vacina contra a dengue entrará no Calendário Nacional de Vacinação pela primeira vez em fevereiro de 2024 

O controle do Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), principalmente pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

Saiba mais aqui.

Fonte: Ministério da Saúde

Ajude no combate a dengue, faça sua parte na prevenção de criadouros do mosquito!