Visão periférica
A visão periférica é que permite visualizarmos objetos fora do campo visual central, sem virar a cabeça ou mover os olhos, a conhecida ‘visão de canto de olho’. Também pode ser chamada de visão indireta, ela se forma sem muitos detalhes, pouco foco e nitidez, pois as células fotossensíveis mais complexas estão mais concentradas na região central (mácula) e essa visão se forma na periferia da retina.
É essa visão que nos garante noção espacial, muito importante para perceber o movimento, o que é crucial na locomoção, andar em ambientes escuros, ao dirigir ou praticar esportes.
Devido ao hábitos nocivos à visão, de excesso de telas ao longo do dia, focamos apenas na visão central e o ideal é que tentemos estimular a visão periférica observando o que acontece nas laterais, além de exercitar a visibilidade em ambientes noturnos, como dormir no escuro, por exemplo.
Em casos moderados e graves de perda de visão periférica, o paciente fica com dificuldade para se locomover e enxergar com pouca iluminação, e apresenta um sintoma chamado visão em túnel: sensação de ver através de um tubo estreito, onde tudo fora do centro da visão passa despercebido.
Algumas doenças podem afetar a visão periférica, afetando enxergar objetos nas bordas do campo visual. Veja as mais comuns:
Glaucoma
O Glaucoma é uma doença que provoca lesões no nervo óptico ocular e pode provocar danos irreversíveis na visão. As células nervosas responsáveis por levar toda informação visual do nervo óptico ao cérebro (impulsos nervosos) são danificadas e geralmente a causa comum é o aumento da pressão ocular. Essa pressão é afetada por alterações na produção ou drenagem do humor aquoso, líquido que preenche a região anterior do globo ocular.
Inicialmente, causa perda da visão periférica, o que progressivamente vai evoluindo e pode acarretar em tropeços e quedas. E evolui gradativamente com perda progressiva da visão. Geralmente é considerada uma doença silenciosa, é praticamente assintomática, ou seja, quase não apresenta sintomas perceptíveis. Pode em algumas pessoas causar dores de cabeça, fotofobia e enjoos.
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Descolamento de retina
Geralmente o descolamento de retina é indolor e assintomático, a perda de visão é progressiva, e só o médico Oftalmologista pode identificar e tratar o problema. Em alguns casos pode apresentar sintomas como visão embaçada, sensação de ter uma cortina ou véu sobre o olho afetado, manchas escuras/moscas-volantes e flashs na visão.
As causas mais comuns são traumas oculares e lesões, além de doenças como pressão alta, diabetes, tumores e outros distúrbios que alteram o vítreo, o fluido que mantém a retina no lugar. Também o envelhecimento é um grande fator de risco, costuma ocorrer nas formas mais avançadas da retinopatia diabética e na alta miopia, em função de degenerações na periferia da retina.
Retinose pigmentar
Ocorre quando as células fotorreceptoras (cones e os bastonetes) deixam de captar luz, prejudicando a formação da imagem pela retina. Os sintomas envolvem dificuldade de enxergar à noite e visão periférica prejudicada. Éuma doença ocular rara, hereditária e degenerativa que causa deficiência visual grave.
Neurite Óptica
É uma inflamação no nervo óptico que leva a dor ocular, flashes de luz e perda da visão. Costuma afetar um olho apenas. Pode estar relacionada a esclerose múltipla, sinusite, doenças virais como caxumba e inflamatórias como tuberculose.
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A visão periférica pode ser provocada também por danos cerebrais por Traumas, AVC, entre outras doenças. Por isso, ao sinal de qualquer sintoma, procure um médico Oftalmologista, pois somente esse especialista poderá realizar o diagnóstico correto.