Problemas respiratórios e visão
O tempo e a umidade do ar afetam nossa saúde respiratória e consequentemente podem atingir nossos olhos. Durante o outono e inverno, por exemplo, a umidade e a variação climática são condições que aumentam a predisposição para problemas respiratórios como bronquite, sinusite, crises de asma, resfriados, pneumonia, gripe e outros vírus. Apesar de todo cuidado na prevenção do coronavírus, também cuidar da prevenção destes problemas e da imunidade é fundamental, além de fazer o acompanhamento médico correto para evitar complicações.
Doenças respiratórias predispõem à alergia ocular. A rinite, por exemplo, é uma inflamação das mucosas nasais , que pode ser crônica, alérgica ou infecciosa. Alguns sintomas se manifestam nos olhos, que ficam irritados, vermelhos e lacrimejam, por que a conjuntiva acaba ficando inflamada (conjuntivite alérgica).
Já a conjuntivite viral tem mais chances de ocorrer nesse contexto e é provocada por vírus. Diferente da conjuntivite alérgica, a viral é um tipo de conjuntivite infecciosa, contagiosa (por contato). Além dos sintomas comuns de vermelhidão, lacrimejamento, ardência, coceira e inchaço das pálpebras, ocorre formação de muco (esbranquiçado) e não pus (que aparece na conjuntivite bacteriana). O coronavírus (Sars-CoV-2), por exemplo, pode ter como um dos sintomas a conjuntivite.
Tanto as conjuntivites quanto as alergias contribuem para o ato de coçar de olhos, que é um risco grande para o desenvolvimento do ceratocone. Além de irritar os olhos e levar vírus e bactérias, provocando risco de infecções, esfregar os olhos pode afetar a estrutura da córnea e influenciar no aumento de grau. Em casos extremos pode provocar outras lesões ou rompimento de vasos na região ocular. E em quem já possui o ceratocone também pode acelerar a progressão da doença.
A baixa umidade resseca as mucosas e nossos olhos ficam mais vulneráveis à síndrome do Olho Seco. Problema que causa grande desconforto, ressecamento ocular, irritação, vermelhidão, ardor, queimação, sensação de areia nos olhos e que muitas vezes pode vir acompanhada de lacrimejamento, visão borrada, fotofobia e coceira. A secura afeta a córnea e a região conjuntiva, que pode evoluir para complicações como inflamações, lesões, úlceras e em casos extremos, perda de visão.
Por isso, busque a prevenção, com vacinação, por exemplo, e acompanhamento de problemas respiratórios pré-existentes regularmente. Mantenha alguns cuidados importantes: lave as mãos com frequência, não compartilhe objetos pessoais (toalhas, maquiagens, etc), evite excesso de ar condicionado, lave regularmente os olhos para remover sujeiras e gorduras e só use colírios receitados pelo Oftalmologista. Cuidado especial com lentes de contato, armazenamento e limpeza correta, além de lubrificação constante. 😉