
Glaucoma na infância

Apesar do Glaucoma atingir pessoas com mais de 40 anos, existem outros tipos da doença que podem acometer pessoas de diferentes idades. O glaucoma também pode ser congênito, ocorrendo desde o nascimento e afetando bebês. O Glaucoma Pediátrico é uma doença grave, que potencialmente pode levar à cegueira. A causa está relacionada à malformação do sistema de drenagem do globo ocular (glaucoma primário). Geralmente se manifesta até os 6 meses, mas pode surgir até os 2 anos.
Já o glaucoma secundário, é causado ou associado a doenças que provocam aumento da pressão intraocular nas crianças: síndromes como a de Axenfeld-Reiger, Sturge-Weber, neurofibromatose, até outras condições como uso crônico de esteróides, trauma, niridia ou remoção de catarata infantil.
O glaucoma infantil é raro (1 em 10.000 nascimentos), apenas 10% dos casos de glaucoma congênito primário são herdados.
A criança geralmente tem intolerância a ambientes com intensa luminosidade tanto natural quanto artificial. Além da sensibilidade à luz, os principais sintomas envolvem lacrimejamento, córnea azulada e tamanho dos olhos assimétrico, com córneas grandes.

Blefaroespasmo
É a condição ocasionada pela contração excessiva da musculatura ao redor dos olhos resultado da irritação constante da superfície ocular e da reação intensa à luminosidade.
Modificação do brilho dos olhos
A pressão dos olhos quando está alta em crianças, especificamente até os 3 anos, pode levar ao aumento do globo ocular e modificação da cor ou brilho dos olhos.

São necessárias inúmeras avaliações para o diagnóstico preciso, como exame de refração, do fundo do olho, análises da córnea, do comprimento do olho, pressão intraocular e o ângulo de drenagem (gonioscopia). Nas crianças maiores avalia-se também o nervo óptico e é feita a tomografia de coerência óptica (OCT) para medir a progressão da doença.
É uma doença de difícil controle. O tratamento varia, medicamentoso ou cirúrgico, a depender de cada caso. O acompanhamento deve ser feito pela vida toda, e o monitoramento regular é fundamental para evitar a progressão da doença, perda da visão e conseguir melhores resultados com o tempo.
Fontes: SBG (Sociedade Brasileira de Glaucoma) e Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP)