Estrabismo precisa de tratamento? - Dr. Hilton Oliveira
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Dr. Hilton Oliveira

Estrabismo precisa de tratamento?

Saiba o que é estrabismo e o como esse distúrbio ocular afeta a visão.

O estrabismo é um desalinhamento dos olhos. Geralmente surge na infância. Cerca de 2 a 5% das crianças podem ser afetadas por esse problema.

Essa condição pode ser causada por erros refrativos ou devido a alguma alteração nos músculos que controlam os movimentos oculares.  Pode ser acompanhado de sintomas como visão dupla, dor de cabeça e cansaço ocular.

Em crianças, na maioria dos casos, está associado ao alto grau de hipermetropia, pois há um esforço grande para enxergar.

Nossos olhos se movimentam por meio de 6 músculos (pares) que são controlados pelo nosso cérebro, sincronizados pelo sistema nervoso. Quando algum problema afeta esse processo pode desencadear o estrabismo. Por isso o estrabismo pode ocorrer em adultos quando ´existe algum problema que afeta o cérebro, traumas, AVC, entre outros.  Essa questão motora também pode estar associada a problemas na tireoide, diabetes, doenças genéticas, condições neurológicas, entre outros problemas de saúde. 

Alguns fatores de risco do estrabismo congênito, envolvem além da questão genética, tabagismo ou alcoolismo na gravidez, paralisia cerebral, prematuridade e em casos de Síndrome de Down as chances aumentam para cerca de 20%.  

Tipos

O desvio pode ser aparente (tropia) ou não (foria).  Veja algumas classificações:

Monocular: ocorre em um olho.

Alternante:  nos dois olhos alternadamente.

Intermitente (ou latente): é inconstante (momentaneamente os olhos pode estar alinhados).

Convergente: direcionado para região central, para dentro.

Divergente: direcionado para as extremidades, para fora.

Vertical: desviar para cima ou para baixo. 

No caso do estrabismo convergente, pode causar danos severos a visão e as vezes é preciso tratamento cirúrgico.

Também conhecido como ‘olho torto’, o estrabismo deve ser tratado na infância para evitar danos irreversíveis. Senão pode provocar complicações como risco de desenvolvimento de ambliopia e complicações, chegando a perda de visão.

Vale ressaltar que até o seis meses de idade, com o desenvolvimento da visão do bebê, é possível apresentar essa condição, que pode desaparecer depois. Por isso é importante o acompanhamento oftalmológico desde sempre.

O diagnóstico deve ser realizado por um médico e por meio de exames oftalmológicos.