Dificuldade para enxergar de perto?
A dificuldade para enxergar de perto é chamada de hipermetropia, um tipo de erro refrativo. O distúrbio acontece por causa de um desvio na refração da luz. Ao entrar no olho, os raios acabam convergindo atrás da retina, deixando as imagens para perto desfocadas.
A hipermetropia é um erro refrativo, pois envolve a refração da luz no interior do olho, ou seja, a luz entra e o raios convergem para um ponto atrás da retina, como se o olho fosse menor.
Como as causas podem ser diferentes, a hipermetropia pode ser classificada em dois tipos: axial e refrativa.
Hipermetropia axial
O eixo do globo ocular é mais curto que o normal, há um achatamento do eixo axial do globo ocular. Então o espaço entre a pupila e a retina é menor prejudicando a formação da imagem. É mais comum na infância e o grau pode diminuir com o tempo.
Hipermetropia refrativa
Apesar do globo ocular ter o formato correto, neste caso, existem alterações no formato da córnea ou do cristalino, que provoca uma redução do índice de refração dos raios luminosos. Geralmente as córneas são mais planas.
Visão embaçada ou desfocada é um dos principais sintomas. Em casos mais avançados podem ocorrer dores de cabeça e nos olhos, lacrimejamento e até enjoo.
Acredita-se que a maior parte dos casos de hipermetropia são hereditários. Pessoas com hipermetropia têm maior risco de desenvolver degeneração macular, glaucoma e estrabismo.
A hipermetropia atinge 71 milhões de brasileiros.
Hipermetropia na Infância
Os distúrbios refrativos estão as principais causas de deficiências visuais, afetando muitas crianças. Atingem 8% das crianças menores de 4 anos e 22% de até 9 anos. A miopia, a hipermetropia e o astigmatismo surgem na infância e podem se agravar com o tempo.
Se ocorrer na infância, antes dos 3 anos de idade, sem diagnóstico e tratamento pode culminar em ambliopia, onde a visão não se desenvolve totalmente.
Hipermetropia com a idade
A doença também pode ser desenvolvida com a idade ou se agravar com o envelhecimento. Isso porque a capacidade de acomodação do cristalino, ou seja, de focar a visão, vai perdendo sua elasticidade com o tempo.
Riscos
A hipermetropia pode ser agravada por fatores diversos: como uso prolongado de dispositivos digitais, diabetes, catarata, entre outros.
Se não for tratada pode levar a baixa visão. Os erros refrativos são a doença oftalmológica mais frequente no mundo e a maior causa de deficiência visual! O diagnóstico e acompanhamento oftalmológico são fundamentais, sempre. Desta forma, com a avaliação médica, por meio de exames como tonometria, auto refração, mapeamento de retina, entre outros, é possível indicar qual o tratamento mais eficaz.
Tratamentos da Hipermetropia
Óculos e lentes de contato podem ser indicadas em casos mais moderados, porém não corrigem o problema. Somente a cirurgia é capaz de reverter o problema permanentemente.
Cirurgia Refrativa
Para quem quer se livrar dos óculos ou lentes, a cirurgia é a melhor solução. Geralmente é indicada para quem tem até seis graus de hipermetropia. Para graus mais altos é necessário avaliar curvatura e espessura da córnea para verificar viabilidade. Os procedimentos são feitos com colírios anestésicos, sem internação ou pontos cirúrgicos. A recuperação é indolor e varia para cada método.
Lentes Intraoculares
Esse procedimento pode corrigir, de uma só vez, mais de um problema refrativo além da hipermetropia, como miopia, astigmatismo ou presbiopia também. Diferente da cirurgia refrativa, o implante intraocular não modifica a curvatura da córnea. Pode ser feito com ou sem remoção do cristalino, inserindo as lentes intraoculares nessa região. As lentes intraoculares (LIOs) são flexíveis e se adaptam às necessidades de cada paciente, corrigindo o grau e protegendo a retina dos raios ultravioletas.