Alta Miopia: saiba o que é e os tratamentos indicados
A alta miopia atinge milhões de pessoas e é um problema que traz riscos para desenvolver outras doenças oculares. Saiba mais sobre os sintomas e tratamentos!
A miopia é um dos erros refrativos com maior prevalência (11 a 36%). O problema afeta a visão para longe, pois a luz entra no olho formando a imagem antes da retina. Os distúrbios refrativos estão as principais causas de deficiências visuais, atingindo muitas crianças.
Estima-se que existam 74 milhões de míopes no Brasil. Até 2050 mais de 50% dos brasileiros serão míopes, prevê a Academia Americana de Oftalmologia (AAO). Assustador, não é mesmo?!
As causas da miopia podem ser genéticas, mas também ambientais. Isso mesmo, relacionadas aos hábitos! Com o uso frequente das tecnologias acabamos desacostumando a olhar para longe, sempre com as telas muito próximas ao olho. Por isso existem alguns cuidados preventivos, como manter as vistas a uma distância maior das telinhas, fazer intervalos para descansar e olhar para longe para relaxar a musculatura ocular.
As crianças devem brincar ao ar livre, tomar sol, evitar ficar muito tempo ao celular ou computador. Existem estudos que comprovam que a menor exposição ao sol favorece o desenvolvimento de miopia e até de ceratocone.
Tipos de miopia
A depender da causa, a miopia pode ser classificada em tipos diferentes. A mais frequente é a axial, que aparece na infância, quando o globo ocular é mais comprido e provoca graus mais altos.
Existe também a miopia que surge com a degeneração do cristalino. É a miopia secundária ao surgimento da catarata, geralmente mais comum em pessoas idosas.
O ceratocone também induz a miopia, com o aumento da curvatura da córnea e consequente aumento axial do globo ocular.
Alta miopia
Os graus da miopia são avaliados em baixa (até 3 graus), moderada (de 3 a 6 graus) e alta (mais de 6 graus). Estima-se que cerca de 5,6 milhões de brasileiros sofram com alta miopia. No mundo são 300 milhões de pessoas com esse erro refrativo! Estima-se que aproximadamente 10% da população mundial terá alta miopia até 2050 (950 milhões de pessoas), segundo dados da Academia Americana de Oftalmologia.
É um distúrbio grave, pois a alta miopia traz risco de desenvolver outras doenças oculares, como o descolamento de retina, podendo até levar à cegueira.
Sintomas e riscos da alta miopia
O esforço para enxergar o que está longe é contínuo, assim, o míope sofre com dificuldade de aprendizado, aumento de risco de acidentes, dores de cabeça e lacrimejamento.
Não existe cura, mas existem tratamentos corretivos que melhoram a visão e qualidade da saúde ocular! O diagnóstico é fundamental. Por isso ir ao oftalmologista desde cedo é muito importante para evitar a progressão do problema.
As soluções para correção de miopia envolvem uso de lentes de contato, de óculos e as cirurgias refrativas. No caso da alta miopia além da cirurgia a laser, que modifica a curvatura da córnea, o implante intraocular tem sido uma das tecnologias com excelentes resultados.
Implante de lente intraocular
Com riscos reduzidos de complicações, esse é um procedimento cirúrgico moderno que introduz lentes intraoculares em olhos fácicos ou afácicos.
Existem lentes intraoculares para cada paciente, e podem acabar com a necessidade de óculos ou lentes de contato. Podem ser dos tipos: monofocal esférica, monofocal asférica, monofocal asférica tórica e multifocal, além da multifocal tórica.
Essas lentes são flexíveis e colocadas através de microincisão na córnea, sem necessidade de sutura. Compostas de material biocompatível com o olho, elas corrigem a passagem de luz e o consequentemente o grau, além de garantir a proteção uv da retina.
Segura e eficaz, é minimamente invasiva, pois não precisa de pontos e a cicatrização é rápida. Requer apenas o uso de colírios antibióticos e anti-inflamatórios no pós-operatório.
Confira os tipos de implantes para alta miopia:
Sem a retirada do cristalino
O Dr. Hilton Oliveira explica que estas seriam as cirurgias em olhos fácicos, ou seja, a lente intraocular é colocada sem a remoção do cristalino, não altera a estrutura do olho. A pessoa enxerga para perto até aproximadamente 42 anos de idade.
Com a retirada do cristalino
As lentes são inseridas no lugar do cristalino. Dr. Hilton esclarece que esta cirurgia, apesar da remoção do cristalino, é mais simples e mais segura. Quando implantada a lente intraocular multifocal, a visão de leitura é preservada em qualquer idade.
O exame da periferia da retina deve ser obrigatoriamente realizado antes da cirurgia e repetido no pós-operatório. O Dr. Hilton Oliveira recomenda sempre o exame da periferia da retina em pessoas com miopias moderadas ou altas, independente da vontade de operar. Este exame deve ser realizado por um retinólogo anualmente.
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