Prevenção ao Glaucoma
O Glaucoma é uma doença que provoca lesões no nervo óptico ocular e pode provocar danos irreversíveis na visão. Um problema de visão preocupante. Projeções indicam que o glaucoma atingirá 111,8 milhões de pessoas até 2040 (IABP). Neste Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, vamos responder algumas dúvidas importantes sobre a doença e sua prevenção.
Como o Glaucoma afeta nosso olho?
As células nervosas responsáveis por levar toda informação visual do nervo óptico ao cérebro (impulsos nervosos) são danificadas e geralmente a causa comum é o aumento da pressão ocular. Essa pressão é afetada por alterações na produção ou drenagem do humor aquoso, líquido que preenche a região anterior do globo ocular.
A pressão intraocular é diferente da pressão arterial, cuidado para não confundir! A medição normal fica entre 10 e 21,5 mmHg, mas dependerá de cada paciente e da avaliação médica.
A doença acomete principalmente a visão periférica, ocorre a redução do campo visual que vai evoluindo progressivamente. A visão central também é afetada em estágios avançados. Pode causar dores de cabeça, lacrimejamento, fotofobia e enjoos em algumas pessoas. A forma evolutiva da doença e suas respectivas manifestações dependem do tipo de glaucoma.
Pode ocorrer sem que a pressão intraocular esteja alta?
Sim, podem existir casos de glaucoma de baixa pressão ou pressão intraocular normal.
O Glaucoma pode provocar cegueira?
Sim, o Glaucoma pode provocar a cegueira irreversível se não for tratado a tempo e com acompanhamento adequado. O Glaucoma está entre as principais causas de cegueira no mundo e quando se trata de cegueira irreversível é uma das maiores causas.
O Glaucoma pode se desenvolver sem apresentar sintomas?
Sim, muitos casos podem ser assintomáticos, ou seja, sem manifestar sintomas na visão. Estima-se que 80% dos casos não apresentam sintomas no início da doença.
O Glaucoma pode ser consequência de outras doenças?
Sim, a doença pode estar relacionada com outras pré-existentes, como diabetes, problemas cardiovasculares e doenças nos vasos sanguíneos. O glaucoma neovascular, por exemplo, pode ser causado por doenças que atingem os vasos sanguíneos, como a retinopatia em pessoas com diabetes. A diabetes tipo 2 aumenta o risco de glaucoma em 35%, hipertensão arterial em 17% e com ambas condições a probabilidade do Glaucoma é de 48%, de acordo com estudos (CBO).
Quais os fatores de risco do Glaucoma?
Alguns fatores de risco aumentam a predisposição e interferem no desenvolvimento do glaucoma. Além das doenças já citadas anteriormente, também influenciam inflamações oculares, miopia elevada, uso de medicamentos como corticóides, traumas e questões genéticas. O histórico familiar da doença aumenta em 10 vezes as chances de desenvolvimento do Glaucoma.
O envelhecimento é um fator comum, pois a doença costuma prevalecer em pessoas acima de 40 anos e principalmente idosos (após os 70 anos o risco triplica). São mais de 1 milhão de brasileiros atingidos pela doença, segundo CBO.
Porém é importante saber que qualquer um pode ter glaucoma, inclusive crianças (glaucoma congênito).
O Glaucoma tem cura?
O Glaucoma não tem cura. Porém o tratamento permite o controle da doença, evitando a perda da visão. É importante saber que a visão já perdida não tem como ser recuperada, porém é possível evitar a progressão do problema.
Como prevenir o Glaucoma?
A única forma de prevenção é o acompanhamento médico para a detecção precoce da doença, também para o acompanhamento e tratamento adequado. As consultas periódicas regulares permitem uma avaliação minuciosa, com exames de fundo de olho, paquimetria corneana e a avaliação do campo visual, mas também medida da pressão e conscientização sobre a doença.
De acordo com o CBO, pacientes com Glaucoma devem manter alguns cuidados e hábitos que auxiliam numa melhor qualidade de vida, como evitar a ingestão exagerada de líquidos em pouco tempo, tocar instrumentos de sopro e prática de exercícios de cabeça para baixo (como yoga), pois interferem na drenagem do humor aquoso e aumento da pressão intraocular. Recomenda-se caminhada, natação e corrida para melhorar a condição cardiovascular, controle do estresse e seguir o tratamento médico corretamente.
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