Hipermetropia e tratamentos
Dificuldade de enxergar para perto é o principal sintoma desse erro refrativo. Saiba mais sobre o problema e seus tratamentos!
Você sabia que a hipermetropia é um problema ocular comum que atinge 71 milhões de brasileiros?! A hipermetropia é um tipo de erro refrativo que causa dificuldade para enxergar de perto. Ocorre por causa de um desvio na refração da luz, pois quando ela entra no olho os raios acabam convergindo atrás da retina, deixando as imagens pra perto desfocadas.
Se ocorrer na infância, antes dos 3 anos de idade, sem diagnóstico e tratamento pode culminar em ambliopia, onde a visão não se desenvolve totalmente. Pessoas com hipermetropia têm maior risco de desenvolver degeneração macular, glaucoma e estrabismo.
Acredita-se que a maior parte dos casos de hipermetropia são hereditários e que em outras situações pode ser desenvolvida com a idade ou se agravar com o envelhecimento. Isso porque a capacidade de acomodação do cristalino, ou seja, de focar a visão, vai perdendo sua elasticidade com o tempo.
Os sintomas comuns são visão embaçada ou desfocada. Em casos mais avançados pode ocorrer dores de cabeça, no olhos, lacrimejamento e até enjoo.
Pode ser dividida em dois tipos, a axial ou refrativa. Na axial, os olhos costumam ser mais curtos, então o espaço entre pupila e retina é menor. E na refrativa o formato do olho é normal e as córneas são mais planas.
Se não for tratada pode levar a baixa visão. Os erros refrativos são a doença mais frequente no mundo e a maior causa de deficiência visual! O diagnóstico e acompanhamento oftalmológico são fundamentais, sempre. Desta forma, com a avaliação médica, por meio de exames como tonometria, auto refração, mapeamento de retina, entre outros, é possível indicar qual o tratamento mais eficaz.
Óculos e lentes de contato podem ser indicadas em casos mais moderados, porém não corrigem o problema. Somente a cirurgia é capaz de reverter o problema permanentemente.
Cirurgia Refrativa
Para quem quer se livrar dos óculos ou lentes, a cirurgia é a melhor solução. Geralmente é indicada para quem tem até seis graus de hipermetropia. Para graus mais altos é necessário avaliar curvatura e espessura da córnea para verificar viabilidade. Os procedimentos são feitos com colírios anestésicos, sem internação ou pontos cirúrgicos. A recuperação é indolor e varia para cada método.
Os procedimentos duram no máximo 20 minutos. No caso da hipermetropia, há a remoção do tecido na região periférica da córnea, aumentando a curvatura e melhorando a visão. Veja os tipos de cirurgia refrativa a laser para esse caso: Lasik ou PRK.
LASIK
Cria-se uma aba na córnea (flap) para aplicação do excimer laser no interior dela, corrigindo o grau. Depois essa aba é reposicionada.
- Indicado para graus mais baixos e casos mais simples.
- Tem recuperação rápida (poucos dias).
FEMTO-LASIK
Similar ao Lasik, com uso de outro laser, o femtosegundo, para criar um flap ultrafino, com maior precisão.
- Indicado para graus mais altos.
- Tem recuperação mais rápida.
A cirurgia é contraindicada em que tem diabetes alta, doenças autoimunes severas, ceratocone ou outros problemas na córnea corneanas, ou gestantes. Saiba mais aqui!
Lentes Intraoculares
Esse procedimento pode corrigir, de uma só vez, mais de um problema refrativo além da hipermetropia, como miopia, astigmatismo ou presbiopia também. Diferente da cirurgia refrativa, o implante intraocular não modifica a curvatura da córnea. Pode ser feito com ou sem remoção do cristalino, inserindo as lentes intraoculares nessa região. As lentes intraoculares (LIOs) são flexíveis e se adaptam às necessidades de cada paciente, corrigindo o grau e protegendo a retina dos raios ultravioletas.
- Indicado para graus muito altos e córneas muito finas.
- Sem pontos, a cicatrização é rápida, com recuperação e retorno às atividades em até 7 dias.
