6 principais causas da perda da visão e cegueira - Dr. Hilton Oliveira
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Dr. Hilton Oliveira

6 principais causas da perda da visão e cegueira

A perda da visão é um problema grave que afeta a vida de muitas pessoas no mundo inteiro. 80% dos casos de cegueira no mundo podiam ser evitados, pois seriam preveníveis ou tratáveis, indicam dados da OMS. A organização também estima que atualmente já podem existir no mundo 75 milhões de pessoas cegas e mais de 225 milhões de portadores de baixa visão. Já no Brasil são 1,1 milhão de cegos e cerca de 4 milhões de deficientes visuais sérios, aponta o último relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) de 2019.

Perda de visão e cegueira

Existe uma forma de avaliar e medir os diferentes graus de perda da visão e o que caracteriza a cegueira. São avaliados a capacidade de reconhecer objetos a distância e a área alcançada pela visão. 

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Deficiência visual leve: igual ou melhor que 0,3 (20/70)

Deficiência visual moderada: igual ou melhor que 0,1 (20/200)

Deficiência visual severa: igual ou melhor que 0,05 (20/400)

Cegueira: igual ou melhor que 0,02 (5/300)- (com ou sem percepção de luz)

A baixa visão incapacita o paciente de desempenhar grande número de tarefas cotidianas, devido à deficiência visual. Atinge muitas crianças ainda, porém mais de 82% de todas as pessoas cegas têm 50 anos de idade ou mais.

Principais causas da perda de visão e cegueira

A maioria dos problemas que levam a perda da visão gradual ou repentina são reversíveis, ou seja, a visão pode ser restaurada com tratamento ou processo cirúrgico, como catarata, por exemplo. Porém alguns distúrbios podem levar a perda irreversível da visão até a cegueira, como o Glaucoma, que é a maior causa de cegueira irreversível no mundo. também a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), Retinopatia diabética avançada, ambliopia e a Retinose Pigmentar, que é uma doença degenerativa. 

Os diagnósticos só podem ser feitos pelo oftalmologista e por isso a consulta regular nessa especialidade é muito importante, pois se feita precocemente as chances de evitar a perda da visão são maiores. 

Erros refrativos

Erros de refração afetam pessoas de todas as idades. Estima-se que um terço da população mundial tenha o problema. Está relacionado à refração da luz no interior do olho, quando os raios de luz convergem em pontos diferentes na retina, provocando dificuldade para enxergar para perto e/ou para longe. Os erros refracionais são astigmatismo, miopia, hipermetropia e presbiopia. Saiba mais sobre tratamentos de erros refrativos!

Glaucoma 

O glaucoma está relacionado ao aumento da pressão intraocular e é uma doença geralmente assintomática, que provoca danos irreversíveis ao nervo óptico, afetando a visão. Leva a perda  progressiva da visão periférica e a central, até a cegueira total. A OMS estima que a doença será responsável pela perda de visão de 8,4 milhões de pessoas no mundo. Saiba mais sobre essa doença

Catarata

A catarata afeta o cristalino, tornando-o opaco, impedindo a entrada de luz de forma completa, tornando a visão distorcida e embaçada. Está entre as maiores causas de deficiência visual, representando 75% dos casos. A incidência de catarata é maior acima dos 50 anos (85% dos casos), porém é possível acontecer em outras fases da vida por causas diferentes. A catarata senil é mais prevalente nas faixas etárias acima dos 65 anos e mais de 70% dos casos ocorrem em pessoas acima de 75 anos, de acordo com o CBO.

Com o tratamento adequado a catarata pode ser corrigida e a visão recuperada com melhor qualidade possível. 

Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI)

A DMRI é uma das principais causas da perda de visão na terceira idade. Degenerativa e progressiva, ela afeta a área central da retina onde está a mácula, que leva a perda da visão central. Geralmente a causa comum é o envelhecimento, mas pode ser afetada por outros fatores de risco, como tabagismo, colesterol, hipertensão e radiação solar. A visão fica turva (sem foco e nitidez) e vai progredindo com o tempo. 

A doença atinge cerca de 30 milhões de pessoas no mundo segundo a OMS. 80% dos brasileiros nunca ouviu falar da DMRI, o que é alarmante e essa falta de informação leva ao descuido com a visão. Afeta 10% da população acima de 65 anos de idade, de acordo com  a SBRV (Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo). Costuma surgir a partir dos 50 anos e possui dois tipos:

Seca (atrófica): mais comum, provoca a atrofia da mácula, devido ao envelhecimento, causando a perda da visão. É lenta e gradativa.

Úmida (exsudativa):  mais grave, provoca a perda rápida da visão (irreversível), ocorre com surgimento e rompimento de vasos sanguíneos na coróide (sob a retina) e destroem a mácula. 

Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é uma complicação da diabetes e atinge cerca de 75% das pessoas com a doença. Responsável por 4,8% dos casos de cegueira no mundo. A retinopatia pode também ser hipertensiva, relativa a pressão arterial elevada que afeta a circulação. E pode ocorrer  a retinopatia miópica, geralmente devido a alta miopia. Uma complicação séria decorrente da retinopatia é o edema macular. É possível tratar nos estágios iniciais, porém a perda de visão pode ser irreversível em demais casos.

Descolamento de retina

Traumas oculares e lesões podem provocar o descolamento de retina. Também doenças que alterem o vítreo, o fluido que mantém a retina no lugar. O envelhecimento pode ser uma das causas, assim como alto grau de miopia, diabetes, tumores, etc. Os sintomas envolvem normalmente a visão embaçada, manchas e flashs na visão.

O tratamento deve ser emergencial e feito o quanto antes.