Hipertensão pode afetar a visão
17 de maio é o Dia Mundial da Hipertensão e aproveitamos para falar da relação desse problema de saúde com a visão. O problema afeta mais de 30 milhões de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde. Está associada a mais de 200 mil óbitos todos os anos (Socesp) e atinge cerca de 60% da população idosa.
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que está relacionada à pressão do sangue nas paredes das artérias, o que eleva o risco de desenvolver doenças cardiovasculares graves como AVC e infarto, renais, entre outras. Também, o aumento dos níveis da pressão arterial pode levar à degenerações vasculares em todo organismo, que podem afetar os olhos, rins e até o cérebro.
Se não for tratada e controlada corretamente, a hipertensão pode desencadear dilatações, obstruções e até mesmo rompimento dos vasos sanguíneos nos olhos, localizados na retina.
A pressão arterial alta na retina provoca a retinopatia hipertensiva, pois ela deixa as paredes dos vasos sanguíneos da região mais espessos e com a circulação de menos sangue ocorrem alterações como hemorragias, edemas e lesões. O entupimento das veias pode piorar a visão do paciente.
Esses problemas podem surgir abruptamente e causar perda da visão parcial ou total. No caso da retinopatia hipertensiva, a doença pode ser silenciosa e só manifestar sinais já num quadro evolutivo avançado, com fotofobia, redução da acuidade visual, perda da visão central ou periférica, manchas e distorções na visão, entre outros. Por isso que o diagnóstico oftalmológico precoce é muito importante para detectar inicialmente o problema e tratar a tempo.
Entre os principais sintomas da hipertensão, como dor de cabeça, tontura e falta de ar, por exemplo, está a visão borrada, embaçada ou visão dupla. Se o paciente tiver sintomas na visão e ainda não teve o diagnóstico da hipertensão também pode descobrir o problema por meio do check up oftalmológico.
A hipertensão apresenta 3 estágios: acima de 130 por 90 e abaixo de 160 por 100 (estágio 1), acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110 (estágio 2) e acima de 180 por 110 (estágio 3). É necessário fazer o acompanhamento contínuo e tratamento evitando o agravamento do problema.
Não realizar o controle da hipertensão pode levar a progressão da doença e outras outras complicações no nervo óptico, descolamento de retina e aumentar a propensão ao desenvolvimento do glaucoma.
A prevenção da hipertensão é fundamental! É preciso buscar padrões mais saudáveis na alimentação (com redução do sal/sódio), prática de atividades físicas e acompanhamento médico regular, incluindo o oftalmologista. 😉