Crianças de férias: cuidados com os olhos - Dr. Hilton Oliveira
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Dr. Hilton Oliveira

Crianças de férias: cuidados com os olhos

Durante as férias as crianças passam mais tempo em casa e é preciso ficar de olho nas  situações que podem colocar em risco a saúde dos olhos. Além do risco de acidentes em casa, ainda existem hábitos nocivos que podem favorecer o desenvolvimento de problemas oculares. Confira:

Cuidados com acidentes em casa

Devido à maior vulnerabilidade das crianças, elas estão mais suscetíveis a acidentes em casa. Para evitar situações graves com risco de hospitalização e possíveis sequelas, é preciso supervisionar as crianças, manter panelas no fogo com cabos virados para dentro, objetos cortantes guardados e produtos químicos fora do alcance dos pequenos.

Atenção também aos brinquedos pontiagudos, quinas de mesas e bordas de móveis, evitando brincadeiras como correr dentro de casa.

A depender do tipo de acidente e  da gravidade, pode ocorrer desde uma leve irritação a dor ocular, lesões na córnea ou retina, perfuração, desenvolvimento de catarata, glaucoma, hemorragias, uveíte e comprometimento da visão. 

O que fazer caso ocorra um acidente? É necessário prestar os primeiros socorros imediatamente e procurar atendimento especializado rapidamente. Você pode encaminhar-se ao pronto atendimento do Instituto Penido Burnier. Saiba mais no texto: https://drhiltonoliveira.com.br/como-prestar-primeiros-socorros-oculares/

Hábitos nocivos

Os pequenos adoram ficar ligados nas telinhas, seja vendo desenhos e filmes ou jogando por horas no celular. O alerta é que o uso excessivo de telas de aparelhos eletrônicos pode prejudicar a visão!

Além dos desconfortos visuais pode causar sintomas de Síndrome do Olho Seco, pois piscamos menos, o que afeta a lubrificação. Mas o maior vilão é a “Falsa Miopia”, com grande possibilidade de desenvolver Miopia de verdade se não for tratada. Com as telas muito perto, o nosso olho realiza um esforço muito grande para focar as imagens, provocando sintomas como olhos vermelhos, falta de nitidez, sensibilidade à luz e lacrimejamento. 

Estudo aponta a relação da alta exposição a aparelhos eletrônicos com a miopia. Como sinalizam pesquisas de 2020, houve aumento de 1.4 a 3 vezes da miopia em crianças de 6 a 8 anos, comparado com cinco anos anteriores.

As telinhas não são indicadas para os menores de 1 ano e a partir de 2 anos, não deve ultrapassar 1 hora de uso diário (OMS). Além das consequências para a visão, a exposição excessiva afeta inúmeros aspectos do desenvolvimento infantil.

É recomendado reduzir o tempo de contato com as telinhas, incentivar as crianças a realizarem mais atividades ao ar livre, principalmente atividades físicas. E no momento de uso é preciso reduzir o brilho das telas e manter as distâncias recomendadas dos olhos.

Sinais de problemas de visão

Cerca de 10% das crianças com menos de 4 anos de idade e 20% com até 10 anos precisam de óculos, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). 

Na idade escolar é muito comum a presença de erros refrativos e ambliopia, sendo que este último pode causar a perda da visão, devido ao desenvolvimento anormal da visão na infância e requer tratamento a tempo.  Já os erros refrativos, atingem 8% das crianças menores de 4 anos e 22% de até 9 anos. A miopia, a hipermetropia e o astigmatismo surgem na infância e  podem se agravar com tempo. 

Durante as férias é possível prestar mais atenção no comportamento da criança, com sinais que podem indicar problemas de visão como apertar os olhos para ver melhor, lacrimejamento, olhos vermelhos, sensibilidade à luz, encostar muito perto das telas ou da TV pra enxergar melhor, não enxergar com um olho e dores de cabeça frequentes.

A ida rotineira ao Oftalmologista, pelo menos uma vez por ano, é essencial para qualquer criança, mesmo sem sinais evidentes de problemas oculares.

Que tal fazer um check up antes da volta às aulas?!